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Produção AUDIOVISUAL com Linux, software livre e open source


Vamos bater um papinho um pouquinho diferente nesse post. Antes de mais nada, vamos entender um pouquinho mais sobre o brand VARTROY.

Vartroy nasceu como uma banda de rock em 2004, mas já com o propósito de se tornar um guarda-chuva de soluções para trabalhar a expertise de cada integrante. Hoje a Vartroy é composta por: uma empresa de tecnologia (focada em soluções que envolvam linux, software livre e open source), blog de tecnologia, canal de tecnlogia e projeto musical.

Mas por que tudo isso é importante?
Em setembro ou outubro de 2017, eu (Marcos Garcia) e o Matheus Calache (grande amigo e antigo integrante da banda) decidimos colocar em prática a produção de um novo EP - Daydreams. Trabalhamos nessa belezinha por pouco mais de 1 ano e, agora que as coisas finalizaram, gostaria de deixar algo próximo de um depoimento sobre como foi todo esse processo de produção, pois os componentes chave para a criação de tudo isso foram softwares livres e open source.

Nosso processo de criação sempre inicia-se com um software de escrita de tablaturas / partituras. Um bem conhecido no mundo da janelinha é o Guitar Pro (que para Linux simplesmente não funciona e o esforço de portar uma versão foi um desastre). Para o sistema do pinguim existem excelentes alternativas (eu diria que a mais profissional é o MuseScore), mas eu precisava de algo bem similar ao app comentado há pouco, que garantisse uma compatibilidade bacana e tivesse o mesmo workflow para a escrita das TABs.

TuxGuitar: essa é uma solução excelente para quem deseja um alternativo ao Guitar Pro seguindo basicamente o mesmo layout e o mesmo workflow. De quebra, a compatibilidade de arquivos é excelente - e aqui fica a experiência com a produção do EP, pois do outro lado (Matheus Calache), o app utilizado foi o Guitar Pro.


Confira também esse vídeo, publicado no canal de tecnologia, aborando esse mesmo assunto.

Mas como falar dos apps sem falar da base para rodar tudo isso? Pois bem... o SO utilizado foi Linux, claro, mas tudo isso foi feito em cima do KDE Neon na base 16.04. Em todo o tempo de produção não ocorreu nenhum travamento de máquina ou algo que impedisse a continuação do que estava sendo feito.

Arte gráfica: eu não sou um expert no assunto, confesso ter um conhecimento bem raso nessa área, ainda sim o resultado, na nossa opinião, ficou muito bacana. Aqui utilizamos apenas o GIMP na versão 2.10.xxx (instalação via snap). Os aprimoramentos trazidos nessa versão estão muito show de bola.


Todos os vídeos relacionados ao projeto foram editados e renderizados no Kdenlive, que também está apresentando melhorias consideráveis a cada nova versão.

Por último, talvez um dos mais importantes apps do projeto todo, o Ardour. Esse foi o app utilizado para fazer a gravação e edição de todo áudio do EP. Em um primeiro momento foi utilizado a versão 5.0 (disponível em um PPA que não me recordo o nome - não recomendo essa instalação), onde confesse ter tido vários bugs com o software. Depois de um tempinho sofrendo (rsss), uma pequena contribuição foi feita para o projeto Ardour e o binário da versão 5.12 foi liberado e instalado. Daqui para frente tudo se tornou um mar de rozas.

Afim de fazer alguns testes, decidi gravar a última música do EP com o Reaper para Linux (na época disponível pelo canal de apps de terceiros do AVLINUX - versão 5.500). Nenhum problema a relatar, tudo aconteceu como deveria acontecer.

Portanto, fica aqui um breve feedback sobre a produção desse novo trabalho em cima de Linux, software livre e open source, além de um trechinho do vídeo de agradecimentos internacional para vocês terem idéia do resultado final.


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